terça-feira, 25 de agosto de 2015

Corrida contra o Câncer de Mama

Nesse domingo tivemos a Corrida Contra o Câncer de Mama, no circuito próximo ao Parque Ibirapuera. Como ainda estou me recuperando da lesão na panturrilha, estava de castigo e não podia correr. Meu primeiro pensamento foi ficar em casa dormindo, mas ao ver tanta gente mostrando a animação para as várias corridas do domingo no Facebook, resolvi acompanhar as minhas amigas.


Acordei às 5h15 sem nenhuma dor, mas ainda assim me mantive firme no propósito de não cair na tentação de fazer o circuito de 5km caminhando. Fiquei ao lado da Fernanda, da Edilene e da Lilian até a largada e depois fui para a lateral acompanhar a corrida, devidamente sentada.


Uma nova visão
Tive uma visão diferente da corrida. Fiquei observando os atletas e vi diversos tipos: o atleta de elite, com seu rosto demonstrando esforço e foco. A atleta bonitona, desfilando seu conjunto de tênis, top e shortinho combinando. O atleta tecnológico, com todo o aparato para acompanhar os seus índices. O atleta selfie e seu inseparável pau de selfie, a atleta família, com seu marido, filhos e até cachorros. Os amigos atletas que correm em grupo, fazendo algazarra. O atleta engajado, que sempre leva um cartaz por uma boa causa. O atleta do bem, emprestando suas pernas para pessoas em cadeira de rodas. O atleta maluco, que corre atropelando tudo e todos para fazer o melhor tempo. Enfim... pude acompanhar com o olhar de espectadora toda essa gente que faz o clima da corrida ser tão gostoso.


Pude parar e avaliar o porquê da corrida na minha vida. Afinal o meu objetivo que era emagrecer e esse eu já alcancei. Então podia aproveitar a lesão como desculpa e parar com todo esse esforço e sofrimento. Mas o meu pensamento foi de que é isso que eu quero. Quero continuar correndo. Quero continuar a fazer parte desse grupo tão heterogêneo. Quero continuar a mostrar para mim mesmo que depois de tanto esforço tem sempre a recompensa da endorfina. E por falar em endorfina... como ela faz falta.


Ontem fui para academia pela segunda vez e fiz 30 minutos de ergométrica. Não é a mesma coisa. O batimento cardíaco não acelera e o suor demora muito mais para aparecer. Mas a endorfina pingou na minha veia. Voltei para casa um tantinho mais feliz.


Hoje tenho mais uma sessão de fisio. Parece que realmente vou poder participar da Disney Magic Run. Serão 10k no próximo domingo. Com certeza não conseguirei fazer todo o percurso correndo, depois de 2 semanas sem treinar. Mas será mais uma oportunidade de testar se eu de fato me recuperei. Também será uma forma diferente de olhar a corrida. Agora como espectadora e participante. Olhando mais para os outros e menos para dentro de mim mesma.

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