domingo, 20 de setembro de 2015

Desafio em dose tripla

No ano retrasado, acompanhei a movimentação dos colegas da Atlas Schindler se organizando para correr a Maratona de Revezamento do Pão de Açucar. Na época, comentei que eu ainda faria essa prova, mas não acreditei muito que isso seria possível. Um ano depois fiz a minha primeira prova de corrida de rua: a do MC Donalds, mas não me sentia preparada para correr com uma equipe.

Enfim esse ano chegou a minha vez de participar. Preparada e com muita vontade. Só que tinha um detalhe: eu já havia feito a inscrição para a corrida exclusiva para mulheres: a Vênus que seria no mesmo dia. Por insistência da corredora mais experiente, topei fazer as duas. E um mês antes da prova: SURPRESA!!! Uma lesão na panturrilha.

Que desespero

Desespero por não poder treinar, desespero por ter um compromisso e não poder cumprir, desespero por medo de não poder mais correr. Mas com a indicação de uma amiga do coração, fui num fisioterapeuta e comecei as minhas 10 sessões de fisioterapia. Na semana passada, fiz a minha primeira prova de retorno e sem dor. Após correr os 5k do Circuito das Estações - Primavera, senti pela primeira vez, que poderia fazer as duas provas. Mas, confesso, com muito medo já que a preparação não tinha acontecido.

Vênus
A primeira prova foi a Vênus, realizada no Jockey Club. A Edilene e eu saímos de casa às 5h30, estacionamos no Parque do Povo e fomos a pé até o Jockey. A Fernanda, a Lilian, a Edilene, eu e mais 12 mil mulheres, largamos em busca dos nossos objetivos: 5k, 10k e 15k. Consegui fazer a prova de 5k em 35 minutos, de olho no frequencímetro. Meu objetivo era não deixar os batimentos muito altos para que eu chegasse inteira no Parque Ibirapuera, onde seria a segunda prova. Terminei a corrida, inteira e totalmente sem dor. Foi muito emocionante terminar a prova, gritei e comemorei muito ao passar pelo pórtico de chegada. Depois das selfies tradicionais, saímos em busca da minha segunda medalha.

Maratona Pão de Açucar
Depois de 20 minutos, chegamos ao Parque Ibirapuera. Minha amiga Edilene assumiu o volante e levou meu carro embora. Eu fui caminhando por uns 3 quilômetros até a tenda da Atlas Schindler, perto do Obelisco. Depois de me alimentar, trocar a camiseta e hidratar, voltei para perto do lago onde seria o ponto de troca dos atletas com número ímpar.


Apesar do calor escaudante, do cansaço de já ter feito uma prova e ter caminhado tanto, estava me sentindo bem. Depois de uma hora de espera, a Joana apareceu com o bracelete. Aí sim, é que senti o forno que seria corrida e a falta que faz árvores nas ruas.

Eu fui a 7a. e penúltima atleta a correr. Comecei meu trajeto às 10h45 e fiz o meu caminho (quase todo de subida na 23 de Maio) embaixo de um sol de 32 graus e clima seco. A alternativa foi me molhar com os copos de água e caminhar um pouco na subida para poupar a minha perna. Mas cumpri... Logo no pórtico, vi a minha amiga Cláudia (a mesma que me incentivou a fazer as duas provas). Entreguei o bracelete e dei aquele suspiro de alívio. 
Sabia de nada, inocente!!! Faltando uns 300 metros para a chegada, encontrei a Cláudia e ela me incentivou a voltar a correr para chegarmos juntas (nossa... aí sim achei que quebraria). Outra amiga e atleta do grupo, a Cláudia Vieira, também terminou com a gente. Foi uma das maiores emoções que tive, todo cansaço foi embora.
A superação é a melhor sensação que um ser humano pode sentir. Por isso é que a corrida vicia. Mesmo com sofrimento, porque foi uma sofrência muito grande correr mais de 3 quilômetros no sol forte e subida, ao final se tem a sensação de rendenção.

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