Fiquei refletindo sobre isso ao observar amigos-pais que são professores, pediatras, médicos, professores, pedagogos, nutricionistas, isto é, profissionais das áreas que possuem como público-alvo as crianças. É incrível como esses profissionais - que possuem o discurso (a teoria) na ponta da língua - erram profissionalmente dentro de casa. Mesmo que por uma boa causa, costumam recitar teorias radicais como:
- deixe seu filho ser independente na hora de dormir. Basta três ou quatro noites berrando e ele aprenderá a dormir sozinho;
- não dê nunca doces para seus filhos antes do almoço ou do jantar;
- refrigerante é o veneno que deve ser proibido;
- seja sempre coerente, nunca volte atrás de uma decisão;
- diga não somente quando realmente for cumprir;
- limite o tempo em frente ao IPad;
- Não ao MCDonalds;
- Não ao macarrão instantâneo;
- frutas e verduras devem ser oferecidas em abundância e o adulto deve comer na frente das crianças.
Vejam! São dicas que lemos diariamente em revistas, ouvimos dos nossos médicos. Mas são realmente eficazes? Será que conseguimos cumpri-las a risca? Será que a vida é uma linha reta e nunca aparecem obstáculos, como uma birra na frente daquela tia palpiteira? Será que na hora em que chegamos cansados em casa não temos vontade de deitar e dormir todos juntos na cama do casal? Será que uma tarde livre no MCDonalds não faz a alegria da criançada e da família?
Vejo pais querendo ser profissionais em casa. Professoras querendo ser mestres dentro do lar. Será que é possível isso dar certo? Gerentes querendo ser líderes em casa... Tenho visto muitas frustrações e tristezas nesses casos. Também não tenho resposta para essas perguntas, mas fiz um comparativo que na hora me pareceu pertinente e me roubou uma risadinha.
Já imaginou se o médico ginecologista se portasse sempre como um ginecologista quando estivesse com a sua mulher? Já imaginou se ele nunca relaxasse e ficasse fazendo exames o tempo todo? Nossa... Acho que está na hora de pensarmos se dentro de casa somos Pais ou Profissionais.
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