segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Primeiro dia útil de férias

Hoje o dia foi reservado para as últimas obrigações antes da viagem. De manhã fui comprar material escolar: livros, canetas, lápis, papel etc. Também foi de entregar os últimos documentos da matrícula dos meninos que não entregamos em dezembro.

E agora a tarde fui cuidar dos cabelos, já que meus cabelos brancos não me deixam ficar sem visitar o salão por mais de 2 meses. Agora estou aqui na padaria, bebendo um café e comendo um pastel de Santa Clara que eu amo.

Estou tentando entrar no ritmo de férias. Abri meu e-mail da empresa 3 vezes hoje. Não vejo a hora de chegar no Chile.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Uma nova etapa

Hoje iniciamos uma nota etapa na nossa vida. Vou ajudar meu filho Matheus a entrar em forma. Ele sempre foi um bebê esfomeado, mamava a cada 2 horas. Depois, aceitou todas as papinhas e sempre comeu de tudo. Demorei muito para apresentar doces e refrigerantes para ele e, acho que por isso, ele muitas vezes troca o refrigerante por suco. O problema é que é sempre em grandes quantidades.


Ele sempre foi agitado e sempre gostou de esporte. Fez natação, judô, futebol, bicicross... mas no último ano ficou apenas com o futebol para poder se concentrar no estudo. Agora está reclamando que está gordo, não quer mais tirar a camiseta, não desce mais para a piscina. Então vamos focar em atividades físicas.


Como também engordei bastante, mesmo com a corrida. Minha ideia é fazermos natação juntos. Acho que será bem legal. Como vamos viajar de férias para o Chile daqui há dois dias, a natação vai ficar para depois das férias. Mas já descemos hoje e fizemos 30 minutos de aeróbico.


Hoje o peso dele é de 65,4 quilos. Depois eu meço a altura.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Minha primeira São Silvestre

Eu saindo de casa
Eu, a Andréa, a Edilene e a Lilian no Metrô
O ano de 2016 foi um ano difícil do seu começo ao fim. Ano de grandes lutas, de muita dedicação e esforço, mas de muitas entregas também. Fiz a minha primeira Meia Maratona, só por isso já será um ano marcante. Mas também foi o primeiro ano em que Daniel não teve uma única infecção urinária. Aí então, acaba sendo um ano que será lembrado como fantástico. Mas para encerrar esse ano de tantas lutas em grande estilo, resolvi participar da minha primeira São Silvestre. Sim... participar da famosa e mais tradicional corrida de rua de São Paulo. 15 quilômetros no verão brasileiro, com um trajeto cheio de subidas e descidas!!!

Decisão de Participar
A decisão aconteceu ainda no primeiro semestre, quando as inscrições foram abertas. Sem feriado de Ano Novo (a passagem se deu na madrugada de sábado para domingo) e como trabalharia todos os dias antes da semana entre o Natal e a Passagem de Ano, achei que não seria judiar tanto da família. Afinal se tivéssemos um feriado prolongado, eu precisaria forçar todo mundo a não viajar para que eu pudesse fazer a corrida.
Meu número
A participação de mais duas amigas minhas: a Edilene e a Lilian também me ajudou a não desistir. No final ainda tivemos a companhia da Andréa, que se juntou a nós de última hora.
Antes da inscrição conversei com muitos amigos que já tinham feito. Todos, TODOS me falaram que essa não seria uma corrida para correr ou buscar tempo. E sim uma prova divertida, dura e muito, muito desafiadora. Me alertaram que seria mal organizada, que haveria tumulto desde a retirada do kit até a largada. E que os pontos de hidratação seriam insuficientes. Com tudo isso, fui super bem preparada para sofrer, mesmo pagando R$ 170 pela inscrição.
No final, acho que foi importante ter sido tão alertada porque acabei me poupando de alguns estresses. Por exemplo: fui buscar o Kit no segundo dia de distribuição e na parte da tarde (tradicionalmente o dia mais vazio) e deu certo. Deixei o carro no estacionamento, porque os flanelinhas cobram super caro para cuidar do carro perto do Ginásio do Ibirapuera (paguei R$ 10,00, enquanto na rua estava sendo cobrado R$ 30).
No dia da corrida, fui de metrô e cheguei uns 40 minutos antes da largada. Também fui preparada para largar bem depois da multidão. A largada aconteceu às 9h00 (sim, e no alto verão de S.P) e passamos no pórtico às 9h20. Também levei dinheiro trocado e comprei duas vezes água no percurso. Isso atrapalhou meu tempo, mas garantiu que eu chegasse inteira.

Emoção

Outra coisa que me alertaram corretamente foi sobre a emoção que eu sentiria. Sei lá se é 
por causa da época do ano, em que já estamos exaustos. Se é porque sabemos que colocaremos o nosso corpo em uma situação extrema (o calor estava desesperador: acima dos 31 graus na largada). Se é porque faremos uma corrida que desde pequenos acompanhamos na TV. Se é porque passaremos por ruas tão tradicionais da cidade amada. Ou simplesmente porque estamos sentindo a energia de mais de 50 mil pessoas (sendo que 33 mil estavam inscritos, mas havia muita pipoca).
Só sei que quando fomos para a concentração, antes da largada, não parava de arrepiar. E quando passei pelo pórtico chorei... chorei mesmo.
E as emoções não pararam por aí. Logo no primeiro quilômetro, quando passamos no túnel para acessar a Dr. Arnaldo, já foi demais. Esse túnel é vazado e as pessoas ficavam lá em cima gritando e incentivando. E os atletas cantando, gritando e acenando. Um show.
A descida da Pacaembu foi FODA. Não existe outra palavra para definir. Super íngreme e não tinha como largar o corpo porque a avenida estava tão cheia que se eu soltasse era capaz de derrubar alguém. Outra coisa que mexeu comigo foi poder passar no meio de mendigos, usuários de crack, moradores de rua e dos cortiços sem medo. Eles compartilharam a alegria com a gente, incentivaram e até ofereceram bebida!
Outros incentivadores foram os garis. Mexiam com os fantasiados, ofereciam palavras de sustentação e brincavam o tempo todo.
E por falar em fantasiados... Oh Meu Deus! Que vida difícil a deles. Com aquele calor que chegou a 39 graus, muitos correndo de Pirata do Caribe, de Mário Bros, de Chaves, de Chiquita, de Gandhi, de Jesus, de Mortícia, de Malévola, de Dálmatas... Que fantasias pesadas e quentes... Mas não vi ninguém desistindo e nem tirando a roupa. Até mesmo o casal que correu grudados com um TNT amarelo, como se fossem irmãos gêmeos.

Temida Brigadeiro
Todos corredores da São Silvestre temem a subida da Brigadeiro Luiz Antônio. Eu? Eu não via a hora de chegar. Já tinha definido que não correria essa subida. Já sabia que eu iria me poupar. E a avenida marca os últimos 2km da corrida. Quando entrei na avenida, estava super feliz. Até porque trabalhei lá e passar por aquelas ruas me trouxe lembranças felizes de um tempo que eu morro de saudade. Além disso, na Brigadeiro é possível ver um monte de gente já com as medalhas. Pessoas que já terminaram e que voltaram para incentivar os retardatários. Muitos até oferecem cerveja gelada, dá para acreditar?

Voltei a correr quando consegui ver a Avenida Paulista. Queria terminar a corrida... correndo, claro. E aí desmoronei em chorar. Um choro maravilhoso de missão cumprida. De tarefa concluída e de superação. Pegar a medalha foi só a coroação da minha vitória. A Lilian e a Edilene foram mandando mensagens pelo whats e a gente foi curtindo a alegria da outra. Muito bom poder sentir e compartilhar a nossa alegria.
Decepção
A única decepção foi a reação do meu marido. Eu queria muito que ele e meus filhos compartilhassem esse momento comigo. Então montamos um esquema para que os maridos e os filhos fossem para a Paulista esperar nossa chegada. O Angelo foi tão de má vontade que acabou estragando tudo. Tínhamos uma mesa reservada para um chopinho depois da corrida na prainha. Mas ele não quis ir até lá porque a Paulista estava lotada. (Ah! Aqui fica uma dica: andar pela Alameda Santos que é uma paralela da Paulista).
No final, acabou fazendo com que todas as 4 famílias voltassem de metrô para comer alguma coisa no meu bairro. Depois de correr 15k, num sol do Saara, minhas amigas e eu não pudemos relaxar e tomar um chopp gelado. Foi de irritar.
Sabe aquela coisa da expectativa e da realidade, que as pessoas postam fotos no Facebook? Na minha mente, eu esperava que minha família fosse estar feliz, me esperando para me abraçar, alegre pela minha conquista. A realidade foi um marido bufando, bravo e maltratando a todos. Isso acabou com até com a minha noite do Ano Novo. E para falar a verdade, estou até agora (14 dias após o ocorrido) ainda bem magoada com essa realidade.
Mas vai lá! Mais um aprendizado. Não posso misturar a corrida com a minha família. Eles não conseguem compartilhar dessa alegria, fazer o que.