segunda-feira, 26 de julho de 2010

Patins


Ontem fomos num parque novo na cidade de São Paulo. À beira da represa do Guarapiranga o local se chama Praia do Sol. Como o próprio nome diz, é uma prainha que a população local aproveita para dar tchibum. É claro que eu não deixei os meninos entrarem na água. Mesmo com a bandeirinha verde da Cetesb, o cheiro estava forte e aquelas águas já eram poluídas quando eu era pequena.

Mas tudo isso para dizer que recuperei meus patins. Fazia mais de 5 anos que eu não patinava e foi muito gostoso. Pena que por ser muito vagabundo acabou ficando destruído. Agora estou buscando um para comprar. Queria um que fosse melhorzinho para acompanhar o Matheus de bike. Por falar nisso, o meu menino tá andando sem rodinhas que é uma beleza. Segundo ele, "só gosto de andar turbo!!!". Velocidade desde cedo.

Ah... também outra novidade... Cortei os cabelos: um pouco mais curto e de franja. Ficou bem legal

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A infelicidade

Por que a gente acorda sem vontade de acordar? Por que a gente trabalha sem vontade de trabalhar? Por que a gente come muiiittttooo sem realmente sentir fome? Porque a gente tem senso de responsabilidade e ainda tem a sensação de dever cumprido.

Meus pais não me criaram para ter sonhos esim para ter pé no chão. Agora meu signo, aquário, me cobra uma posição. Por que não sonhar? Por que achar que devo me contentar? Por que devo fazer o que todos esperam de mim?

Não falo da minha família, porque para eles faço tudo com gosto. Mas falo do mundo.. que mundo chato esse!!!

Outras fotos


Ahahaha... essa eu não coloco no Orkut

Mais fotos engraçadas




Ahahaah!!! Os textos estavam muito sérios. Tava precisando de uma foto engraçada. Vou achar outras e coloco.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A cobrança uma hora chega


Às vezes (ou quase sempre) sinto que tenho sido uma filha aplicada de Deus. Recebo todas as suas bençãos e aproveito todas as oportunidade que Ele me oferece. Procuro não reclamar e reconhecer cada pequena felicidade que me aparece. Hoje, por exemplo, fui almoçar com alguns amigos do trabalho. Quando íamos atravessar a rua, olhei aquele grupo, todos rindo de uma piadinha boba, e percebi o quanto sou agradecida apenas por pertencer a algum grupo.

Por outro lado, me sinto incomodada com a minha eterna aceitação. Sinto falta das contestações de adolescente, do não aceitar o que se tem pela frente. No banho, único momento que me sinto mais próxima de mim mesma, costumo sentir um calafrio, uma sensação de mal estar... um pequeno questionamento do tipo: onde eu realmente gostaria de estar agora, com o que eu realmente gostaria de estar trabalhando. Tento afastar logo esses pensamentos, porque eles são quase que um descontentamento com TUDO que Deus me deu, além de uma falta de reconhecimento de todos os meus esforços de chegar até aqui.

Outro dia ouvi a explicação sábia de um alto executivo sobre a diferença entre Sonho e Objetivo. Eu não gosto de ter nenhum deles. Os meus objetivos eu já alcancei: ser casada com quem eu amo, ter meu apartamento pequeno burguês, ter meus filhos com a inteligência que se espera (nunca quis ter gênios), trabalhar em uma multinacional, contribuir com uma instituição de caridade, ter duas gatas, ter um chefe gente fina, ter uma equipe confiável... E porque ainda me questiono?

Acho que se eu levasse esse texto para o meu ex-psicólogo ele diria que isso é normal do ser humano e tentaria entender se caso eu pensasse muito sobre isso, iria acabar me matando. Mas lendo a biografia da Clarice Linspector, acabei achando algumas respostas.

Realmente o ser humano é um eterno descontente. Mesmo com sucesso externo e felicidade familiar, fica se questionando o tempo todo. Somos realmente muito chatos. Ela teve tudo que eu sonhei: ser uma escritora de sucesso e não era feliz. Verdade que a chegada dela no Brasil e toda a sua história familiar dava chance para uma certa depressão. Mas e eu? Não tenho grandes traumas, não vivo na miséria, meus filhos não tem grandes problemas, meu marido não me bate, não bebe e NÃO JOGA FUTEBOL (ahahah).

E o que está faltando: exatamento isso... escrever... escrever... exorcisar meus fantasmas, crias as minhas históras. Até sem a pretenção de alguém ler. Mas isso me dá o verdadeiro prazer. Mas eu também não gosto de ter prazer... porque deixo tudo que me dá prazer para trás (menos a cerveja e a pizza de sexta-feira).

Caso eu me amasse de verdade, reservaria alguns minutos para escrever todos os dias. Seria quase um carinho comigo mesma. Mas e se eu me apaixono por essa idéia e abandono marido, filhos, emprego... Ai Meu Deus. Não seria justo.